Qual o papel do Psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem?
O que queremos dizer com isso?
Por dificuldades de aprendizagem entendemos qualquer insucesso na construção de um conhecimento, tanto de conceito como de procedimentos, hábitos e atitudes. É preciso lembrar que, neste momento histórico em que vivemos, a aprendizagem pode e deve acontecer durante toda a vida, em todas as situações, sejam familiares, escolares ou profissionais. Por isso, não nos referimos apenas ao aluno e sim a “pessoa” e, portanto, as dificuldades podem aparecer durante toda a vida, também.
Quando usamos a expressão “atravessada por aspectos afetivo-emocionais”, estamos pensando em quantos sentimentos e emoções precisam estar imobilizados, e quantos outros serão, nas situações de ensino/aprendizagem, facilitando ou dificultando o aprender.
Entretanto, mais ainda, queremos marcar que consideramos que é o conjunto destes sentimentos e emoções, associados às vivências de aprendizagem anteriores que darão ou não um significado para que o aprender aconteça.
Para nós, é este “ter significado” que desencadeia uma operatividade mental a qual, “emparelhada” com uma sequencia didática, permite que um acontecimento se estruture, isto é, que a aprendizagem aconteça.
Por tudo isso, o papel do psicopedagogo, nas dificuldades de aprendizagem, é ser um companheiro do indivíduo que está em tropeços no aprender, ajudando-o na construção de recursos metacognitivos, isto é, percepções de si mesmo que vão permitir a descoberta de possibilidades pessoais e construir saberes sobre os entraves que estão ocorrendo. Para dar conta de tarefa tão abrangente e articulada é preciso que o psicopedagogo mantenha-se permanentemente em observação participante e sem preconceito, associada a uma operatividade mental criativa seguida de uma atitude/ação construtiva.
Portanto o foco do trabalho psicopedagógico não é nas dificuldades do auto-conhecimento do aprendente, que permite descobrir, além de habilidades a serem desenvolvidas, os significados fundamentais que possibilitam o aprender. Não só dos outros, mas também ou porque não dizer, principalmente de si mesmo!
Artigo de Eyla Cavalcante – Psicopedagoga Clínica do Recanto
Psicopedagógico
Contatos: 99611249/2621818
Tereza Eyla Alves Cavalcante
Psicopedagoga Clínica e Institucional
Formação em Saúde Mental
Coordenadora Pedagógica do Recanto Psicopedagógico.